Sabor: Guaraná
Recipiente: 350ml Pet
Fabricante: Venturini e Florêncio
Local: Cassilândia/MS
Preço Pago: Democracia
Neste último domingo, o Brasil todo se reunião em uma maravilhosa festa da democracia para escolher o Fantoche mais representativo do país. Ainda mais representativo que Louro José, Xaropinho e Aquele boneco que lembra o nome de tudo pra Palmirinha. Olha só a responsabilidade, Brasil! Pois bem, eu, cidadão ciente de meus deveres que sou, fiz questão de ajudar a realizar esta magnífica demonstração de civismo. Na verdade fui obrigado a acordar as 6h da manhã em um domingo e trabalhar o dia todo. Isto é democracia, minha gente?
Após algumas horas ouvindo piadinhas envolvendo a capacidade cognitiva de um candidato e a capacidade nasal do outro, fui agraciado com um almoço mal-preparado e um refrigerante. Sentei à mesa e só depois disso percebi que empunhava um refrigerante chamado Pikeno. Sim, senhoras e senhores Pikeno. Com “i” e “k”. Quanta audácia! Imediatamente tive um flashback e lembrei de todas minhas aventuras desbravando o mundo desconhecido dos refrigerantes nefastos e decidi que estava na hora de fazer o tão esperado retorno às atividades. Enchi o peito e bradei com furor “REFRIGERANDO”. Após terminar de ser escoltado para fora do Colégio Eleitoral, experimentei o Guaraná Pikeno.
Mas antes de me expor à este risco, fitei fixamente o rótulo deste refrigerante e deixei minha mente vagar.
Em primeiro lugar, aparentemente, a água sintética já é uma realidade, pois a empresa achou necessário especificar que o refrigerante é feito com “Água Mineral Natural”. Então você pode consumir Pikeno, sem se preocupar em consumir um produto feito a partir de água artificial industrializada. Em segundo lugar, a tampa da garrafa de Pikeno traz outro nome. Saboraki. Para quem acompanha as aventuras desta turminha do barulho desde o começo, sabe que é um refrigerante zoado. Tudo bem que é o mesmo fabricante e tal, mas será que era custoso demais fazer tampinhas próprias e não usar as da outra marca do fabricante? Para alguns desleixo, para outros que como eu gostam de ver o copo meio cheio, audácia. Outra atitude audaciosa dos fabricantes foi colocar no rótulo “Fonte de Vitaminas e Minerais” esperando que alguém neste planeta pegue um guaraná underground na mão e realmente acredite, nem que por um instante, que este tróço é saudável. Mais uma prova da audácia do Pikeno.
Ainda nem chegamos no nome. Sério, cara. Pikeno. Não bastasse aquela charmosa e tradicional grafia que troca “QU” por “K”, vastamente encontrada em estabelecimentos comerciais e produtos de quinta categoria, o fabricante resolveu turbinar a dose de charme, ao delicadamente ao trocar um “E” por “I” e deixar o nome mais “do jeito do povão”, aquela alegria, aquele nome com cara de carnaval, cambalhota, samba, futebol, churrasco na laje, difteria, praia e sertanejo universitário.
Agora me peguei pensando: Será que existe Pikeno grande? Ou botaram nele o nome de Grandy? Aguardo contato do fabricante esclarecendo se existe Pikeno 2L e se ele está ciente da ironia que isso implicaria.
Todo este texto e eu ainda não abordei o sabor do Pikeno? Desculpe-me. Tem gosto de Saboraki. Um pouco menos amarga, mas com o mesmo gosto genérico e a mesma ardência na língua depois de consumir. Ponto final.
ANÁLISE
Sabor: 5
Mata a Sede: 4
Popularidade: 1
Embalagem: 5
Nota Geral: 4,5
“Audácya líkida”